segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Biodiversidade marinha

A palavra “biodiversidade”, hoje em dia tão na moda, foi “criada” em 1986, tendo sido considerada uma nova área de pesquisa em biologia quando da realização da Convenção da Diversidade Biológica, em 1992. A biodiversidade deve ser considerada em três diferentes níveis: genes, espécies e ecossistemas, e decorre do atual senso comum que a conservação da biodiversidade é crucial para a manutenção da vida na Terra. Mas, para que a biodiversidade possa ser conservada, é necessário antes que seja conhecida e descrita. Por isso, atualmente existem diversos grupos de pesquisadores, ONGs e órgãos governamentais promovendo programas de descrição local ou global da biodiversidade. Considerando-se que existem 1,9 milhões de espécies biológicas descritas, de um total de 11 milhões de espécies biológicas estimadas, este trabalho não deve ser concluído tão cedo. Assim, a necessidade de acelerar este trabalho levou ao desenvolvimento de técnicas taxonômicas de high-throughput (difícil de traduzir; rápidas e de alto desempenho), como as técnicas de taxonomia bioquímica que se fundamentam em análises genômicas.
No que se refere à biodiversidade marinha, esta parece ser bastante reduzida, muito, mas muito menor do que a biodiversidade terrestre. Recentemente um artigo na revista Science levantou esta questão. Estima-se um total de 167.817 espécies válidas, em um universo de 318.004 táxons, de espécies até filos (de acordo com o World Register of Marine Species). Atualmente existem 229.602 espécies marinhas descritas, mas estima-se um total de 10 milhões de espécies para o ambiente marinho.

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