A Floresta Portuguesa ocupa 3,3 milhões de hectares, segundo os últimos dados, o que corresponde a 38% do território nacional. Segue-se 33% com ocupação agrícola e 23% com áreas de incultos. O potencial de crescimento da área arborizada é de cerca do dobro caso sejam aproveitadas as áreas de incultos e improdutivos.
A distribuição segundo as principiais espécies, indica o Pinheiro Bravo como a espécie florestal predominante, com 29,1% da ocupação, equivalente a 976 mil hectares. Segue-se o Sobreiro com 21,3%, o que corresponde perto de 713 mil hectares e o Eucalipto com 20,1%, o que corresponde a mais 672 mil hectares de floresta.
Os bens produzidos pela via da actividade florestal, sustentam uma importante e integrada cadeia industrial, baseada em recursos naturais, suportando por si, um forte sector de exportação. Por conseguinte, a floresta e a actividade florestal em Portugal são uma importante área da nossa economia. Portugal, no contexto Europeu e mesmo Internacional é um país especializado no sector florestal, sendo a receita um importante contributo para o PIB. Maior até que a média Europeia.
Do ponto de vista de transacções para o mercado internacional de produtos florestais e de base florestal, os mais importantes são: papel e cartão, pasta de papel, cortiça, madeira e produtos de resina e mobiliário.
Algumas particularidades da floresta Portuguesa são no entanto determinantes para planeamento e gestão, a saber:
- uma relação entre floresta e sociedade secular e bem estabelecida;
- uma floresta alvo dos maiores programas de florestação em grande escala do século vinte (a floresta aumentou a sua área de 2 milhões para 3,3 milhões nos últimos cem anos);
- múltiplas regiões, com espécies florestais e sistemas de silvicultura diferentes e a necessidade de promover o uso múltiplo da terra e a fixação das populações;
- legislação específica para o sector florestal dirigida para o desenvolvimento de estratégias regionais e planeamento florestal;
- tendência para ocorrência de fogos florestais;
- importância de algumas espécies florestais, tais como: Sobreiro, o Eucalipto e o Pinheiro Bravo.
- a complexidade da propriedade florestal com apenas 15% pertencente ao Estado e à Indústria - o restante pertence a mais de 400.000 proprietários florestais privados que, segundo o relatório CESE, em 1991, apenas 41,7% da área era sujeito a qualquer tipo de gestão.
Todas estas particularidades referidas e outras não listadas, constituem um estímulo na vontade de promover a actividade florestal de modo sustentável tomando em linha de conta critério sociais, económicos e ambientais no quadro de desenvolvimento e promoção do PEFC Portugal (Programme for the Endorsement of Forest Certification - Sistema Português para a Certificação da Gestão Florestal Sustentável).
*Fonte: DGF/Dados do Inventário Florestal Nacional*
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